domingo, 1 de novembro de 2009

Questões

1) O programa de pesquisa gerativista assume como um dos seus pressupostos que a linguagem é uma capacidade inata dos seres humanos. Segundo os gerativistas, quais são as evidências que sustentam esse pressuposto?

O princípio do inatismo é sustentado pelas seguintes evidências:

I) Todos os homens(sem problemas relacionados à área da linguagem) falam uma língua natural;

II) Todas as línguas têm o mesmo grau de complexidade;

III) As crianças desenvolvem a linguagem em uma rapidez considerável.


Os critérios que distinguem o que é propriedade inata e o que é aquisição cultural são :

a)Existência ou não de variação na espécie;

b) Existência ou não de uma história de um aspecto considerado a partir de um estado primitivo;

c) Predisposição hereditária;

d)Presença de correlações orgânicas específicas.


No estudo entre os critérios de distinção acima relatados, o andar bípede (característica biológica) foi oposto à escrita (traço cultural). Ao analisar a linguagem segundo esses critérios, foi constatado que a linguagem alinha-se ao andar bípede e portanto, é uma propriedade biológica e não cultural.

Além disso, a observação de pacientes mortos com problemas em relação à linguagem possibilitou descobrir a localização cerebral da linguagem.A linguagem está presente em várias regiões conectadas do cérebro e não somente na Área de Broca (lobo esquerdo) e na Área de Wernick (nota: pacientes que têm algum tipo de lesão na área de Wernick possuem déficit de compreensão mais conseguem falar).

Por fim, temos também que o inatismo pode ser afirmado pela posse de uma gramática universal interna por todos os falantes, que possibilita o reconhecimento de formas gramaticais e agramaticais de sua língua desde a mais tenra idade.



2) A linguagem humana no entendimento de Noam Chomsky baseia-se em uma propriedade elementar chamada propriedade da infinitude discreta. Explique o que vem a ser tal propriedade.

A propriedade da infinitude discreta é fundamentada pelos princípios de que o conhecimento da linguagem é parte da nossa biologia; de que não aprendemos a linguagem por repetição, pois se assim fosse, só seríamos capazes de reproduzir o que ouvimos; de que quando falamos demonstramos saber muito mais do que ouvimos e principalmente pelo princípio de que somos capazes de produzir um número infinito de sentenças lingüísticas a partir de um conjunto finito de elementos da língua(fenômeno da recursividade).


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